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Detalhes podem contribuir para reduzir calor em casa

Temperaturas que ultrapassam cada vez, com mais frequência, os 40 graus ocasionam muitas mudanças de hábitos. Quem mora nas cidades procura por alternativas para tornar suas residências mais frescas e arejadas. Especialistas ensinam como compor ambientes que possam trazer alívio para as altas temperaturas.

Detalhes a serem utilizados nas reformas e decorações podem afastar o calor e contribuir até mesmo para um melhor funcionamento dos aparelhos de ar condicionado.

Arquitetos são quase unânimes em afirmar que atualmente uma das solicitações mais frequentes quando o assunto é reforma é a realização de um projeto voltado à promoção de ambientes mais frescos. Assim, de acordo com a arquiteta Patrícia Pfeil, cabe ao profissional contratado a missão de conseguir atenuar os efeitos do calor com soluções arquitetônicas, seja na utilização de materiais corretos ou aberturas de vãos para ajudar na ventilação dos imóveis.

“Hoje o mercado apresenta uma série de revestimentos e materiais que funcionam como elementos térmicos, o que ajuda muito na diminuição da temperatura dentro dos ambientes. Coberturas vegetais também são eficazes e podem diminuir em até 2 graus o calor no ambiente. Soluções de automação para fechamento de cortina em função da temperatura também são indicados, principalmente para ambientes corporativos”, ensina a arquiteta.

Um item da arquitetura moderna que está sempre presente nos projetos que buscam controlar o calor é o “brise soleil”. De acordo com Pfeil, trata-se de um quebra-sol em forma de  treliças de madeira utilizado principalmente em varandas.

“Essa utilização de elementos para quebrar a exposição do sol direta na fachada são excelentes. Mas também devemos pensar sempre nas ventilações cruzadas, quando os vãos (janelas e portas) de um ambiente são colocados em paredes opostas ou adjacentes, no sentido dos ventos locais permitindo a entrada e saída do ar. Muitas vezes, para proporcionar isso, utilizamos o recurso da integração de espaços. Assim, a varanda se une a sala e a cozinha, criando ambientes únicos e frescos”, explica Patrícia.

O calor cada vez mais intenso demanda por adaptações que buscam tanto tornar os ambientes mais agradáveis quanto mais sustentáveis, acrescenta a arquiteta Renata Manso.  “Cômodos arejados e confortáveis requerem soluções criativas, tais como: os famosos ‘cantinhos verdes’, revestimentos claros que absorvem o calor, cortinas brancas e vazadas e iluminação à base de lâmpadas de LED. Revestimentos térmicos, como os vinílicos, também são excelentes para essa finalidade”, ensina Manso.

Estudos – A falta de estudo sobre a insolação da edificação é um dos fatores que mais prejudicam a criação de um clima agradável nas unidades, ressalta Renata. Ela lembra ainda que, decoração com cortinas escuras e pesadas e revestimentos que armazenam calor prejudicam ainda mais a possibilidade de climas amenos dentro de casa. “Uma estratégia boa é a utilização de cortinas claras, com tecidos leves e vazados, para que haja o bloqueio do calor, mas ao mesmo tempo o vento consiga passar.

Mas no caso de ambientes em que o sol seja direto, o blecaute é fundamental. Plantas na decoração, sem dúvida, também trazem conforto térmico. E quando possível, fontes ou espelhos d’água devem ser utilizados, pois além de ficarem super diferentes na composição do espaço, a água torna o ar mais úmido. E ainda, tecidos leves como algodão e seda para recobrir poltronas ou sofás, pois proporcionam uma sensação mais agradável e fresca quando em contato com a pele”, sugere a especialista.

Primeira opção para fugir do calor a instalação de splits, segundo a arquiteta Cyntia Sabat, muitas vezes não é suficiente para deixar os ambientes arejados. Para refrescar com eficácia, o aparelho, segundo ela, precisa atuar em conjunto com outros itens e estruturas, tais como ambientes claros e com boa circulação de ar.

“Além disso, as empresas de split frequentemente indicam uma capacidade, no entanto, muitas pessoas acham que essa indicação é um exagerado e compram uma capacidade menor, diminuindo drasticamente a eficácia do equipamento. Como complemento, também indico pisos térmicos que também podem ser usados em áreas externas, mas principalmente, pensar sempre na possibilidade de uma ventilação natural, que é sempre o melhor e mais sustentável dos recursos”, conclui Sabat.

Fonte: O Fluminense

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